quinta-feira, 29 de setembro de 2011

De que lado se deitar?


A veia cava inferior é responsável pela drenagem de boa parte do fluxo sanguíneo que vem do abdômen, das pernas e dos pés. Pelo fato de passar por trás do útero, colada à coluna vertebral, do lado direito, a veia é frequentemente pressionada pelo útero gravídico. A diminuição do volume de sangue que passa pelo vaso torna a circulação inferior mais lenta, piorando edemas nas pernas, pés e calcanhares, além de varizes e hemorróidas.
A pressão do útero sobre a veia cava é pior quando você está deitada de costas. No fim da gravidez, evite esta posição. Para aliviar o peso sobre o vaso, deite-se sobre o lado esquerdo sempre que puder.

Inchaço
Mulheres com mais de 40 anos têm tendência maior para reter líquido. A partir do quinto mês, os edemas podem piorar, sobretudo nos calcanhares, pés e mãos. Para controlar o inchaço, reduza o sal e aumente a ingestão de líquidos. Não fique em pé por muito tempo e deite-se todos os dias com as pernas erguidas. Massagem com drenagem linfática também é um ótimo recurso.

Insônia
Ansiedade e dificuldade de encontrar uma posição confortável na cama agravam a insônia no fim da gravidez. Para evitá-la, pratique exercício físico de baixo impacto com frequência e inclua na rotina atividades relaxantes, como massagens e meditação. Não tome líquidos em excesso depois das 18h. Use um travesseiro de corpo inteiro para apoiar a perna e a barriga quando você se deita de lado. Se for verão, considere comprar um climatizador ou ventilador de teto. Adquira o hábito de desligar-se dos problemas de trabalho, afastando-os quando surgirem; você pode pensar neles amanhã. Ao deitar-se, feche os olhos e dedique 15 minutos para relaxar o corpo. Escolha um grupo de músculos. Inspire e, ao expirar, solte-os. Comece pelos pés e vá subindo até a cabeça.

 Varizes
Surgem quando, por algum problema circulatório, o sangue se acumula nas veias periféricas, dilatando-as. Na gravidez, a pressão do bebê sobre a veia cava prejudica a drenagem do sangue da parte inferior do corpo. Isso pode agravar as varizes, principalmente nas pernas. Para preveni-las, estimule a circulação: ande todos os dias, mude freqüentemente de posição e evite ficar de pé por longos períodos. Meia elástica e roupas que não apertem joelhos ou virilhas também são indicadas.

Depoimento

“A tranqüilidade que tenho hoje, não teria aos 20 anos”
A empresária V.L.B. resolveu ser mãe aos 40 anos e levou quatro para engravidar. Hoje, se pergunta como pôde resistir tanto à maternidade

Sou casada há 13 anos, e o fato é que demoramos para sentir o desejo de ter filhos. Sempre priorizamos a carreira, então fomos deixando. Despertei para a maternidade quando já estava com 40 anos. Foi aí que sentimos que era a hora. É engraçado porque fui muito alertada por minha médica, a Dra. Silvana, de que precisava pensar nisso antes. Mas a ficha não caía. A gente não se dá conta de que, apesar de todas as mudanças, fomos feitas para ter filhos em outra idade. Não temos essa percepção, até porque nos sentimos jovens e plenas.
 Começamos a fazer tratamento e logo nos primeiros passos, na fase do coito programado, fiquei grávida. Até achei que a coisa fosse mais fácil do que imaginava. Mas aí perdi o bebê e começamos a enfrentar as dificuldades. Foram quase quatro anos de tentativas, primeiro por inseminação, depois por fertilização, até dar certo. Foi um período difícil, desgastante em todos os aspectos, financeiro, emocional. Quando você passa por isso, se arrepende por ter demorado tanto a decidir.
Chegou uma hora que a gente quis desistir. Não queríamos ficar numa situação em que nossa felicidade dependesse de conseguir ter um filho. Meu marido se preocupava com a minha saúde. Dizia: “Vamos ser felizes do jeito que a gente sempre foi”. Combinamos que íamos parar de tentar e paramos por quase um ano. Mas parece que, passado um tempo, você desperta de novo. Por influência de um casal de amigos que tinham enfrentado muita dificuldade para ter filho, e que encontramos nessa época, acabamos resolvendo tentar mais uma vez.
A ansiedade influencia muito o tratamento. A cabeça é fundamental. Nessa última tentativa, eu estava tranqüila; era como se estivesse me permitindo engravidar. Sentia que estava pronta para ser mãe e tinha a sensação de que, se a gravidez fosse para ser realmente uma coisa boa na minha vida, ela iria acontecer naturalmente. E aí eu acho que você acaba abrindo os canais para aquilo acontecer.
Quando aconteceu, demorei para acreditar. Até durante a gravidez, parece que não cai muito a ficha. Mas quando minha filha nasceu, eu olhava para ela no berçário e chorava. Pensava, gente, como pude resistir a isso por tanto tempo?
Minha gravidez foi extremamente tranqüila até o último mês, quando tive pressão alta. Comecei a ficar com os pés muito inchados e um dia senti muita dor de cabeça. A doutora Silvana já havia me dito que isso é comum em pacientes muito jovens ou mais velhas; ela estava atenta, porque minha pressão era de 12 por 8, o que, na gravidez, já é considerado no limite. No dia em que me senti mal, fui à farmácia e medi a pressão, que estava em 15 por 10. Parei de trabalhar e de dirigir e fiquei quatro semanas em casa. O parto já estava marcado quando minha pressão subiu para 18 por 11. A cesárea foi antecipada e ela nasceu bem.
Mas até esse episódio, foi tudo maravilhoso, sem absolutamente nenhum problema. No começo fiquei muito enjoada, mas, passado esse período, me sentia super bem, fiz um controle de alimentação para não engordar muito, com uma nutricionista que eu já consultava antes. Seguia um programa alimentar, mas não me sentia de regime. Pelo contrário. Ela queria que eu comesse as coisas certas, para ter cálcio, fibras. Meu intestino funcionava perfeitamente e eu me sentia cheia de energia. Até viajei para os Estados Unidos com oito meses de gravidez!
Acho que existe muito preconceito. As pessoas me assustavam, falavam que é difícil ficar grávida nessa idade, que a gente não tem mais pique. Teve até um colega que me falou: “Você já pensou que, quando ela tiver cinco anos, você vai ter 50?” Respondi que eu seria uma cinqüentona em forma, com uma filha de cinco, que ia me dar mais energia para continuar!
É fato: você realmente padece mais para engravidar nessa idade. Mas acho que a tranqüilidade que tenho hoje eu não teria com 20 e poucos anos, que é a idade ideal para se engravidar. Tudo tem seus prós e seus contras. Hoje sou mais madura, tenho uma vida muito mais tranqüila, já me realizei profissionalmente, então tenho mais disponibilidade para me dedicar a ela. Não estou falando de tempo, mas de disponibilidade emocional. Sei que dou conta do recado. Aos 20 anos, me assustaria. Ter um filho hoje não é um problema, muito pelo contrário. É a razão da nossa existência.
Eu agradeço todos os dias a Deus, porque acho que tive muita sorte de ter conseguido. Na minha idade, e pelo processo todo, acho que realmente foi Deus que mandou, e na hora que tinha que mandar.” 

Fonte: Livro de autoria da Dra. Silvana Chedid Grieco , Gravidez aos 40.





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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ioga: uma opção a considerar (Medicina Reprodutiva)

Embora nem todas as suas posições possam ser executadas por mulheres grávidas, a ioga é uma das atividades físicas mais adequadas à gestação. Fundamentada em uma visão global de saúde, que não separa a busca de flexibilidade corporal e de tranqüilidade interior, a prática tem uma ação conhecida sobre emoções e hormônios, favorecendo um equilíbrio que ajuda a reduzir as oscilações de humor, a ansiedade e os medos característicos da gestação. 
                Fisicamente, a ioga alonga e fortalece as musculaturas posterior e pélvica, que são as mais exigidas pela gravidez e o parto. A prática ajuda a sustentar o peso da barriga e a compensar a sobrecarga produzida pela mudança do eixo de equilíbrio da mulher na gravidez. Também “amplia” o espaço disponível para o bebê, ao abrir os espaços intervertebrais. Tonificados, os músculos da vagina e do assoalho pélvico ficam mais aptos a ajudar a expulsar o bebê no parto – e resistentes a rupturas. 
                Outras bênçãos da ioga para as grávidas são as posições invertidas, que ajudam a reduzir inchaços; as práticas meditativas, que acalmam e melhoram o sono; e os exercícios respiratórios, que podem ser usados contra estados de ansiedade. Mas é importante lembrar que tanto a ioga como qualquer atividade física só deve ser feita com liberação do médico obstetra que faz o acompanhamento pré-natal.

Problemas e soluções
                Algumas queixas são recorrentes entre as gestantes. Depois dos 40 anos, dores e fadiga, assim como a retenção de líquido, podem ser mais intensas. Algumas soluções simples podem amenizar os principais desconfortos da gestação, que são:

Azia e enjôoè
A alimentação fracionada alivia a azia, que piora quando o estômago está muito cheio, e reduz o enjôo, que se agrava quando ele fica muito tempo vazio. O gengibre é um remédio natural contra náusea; adicione um pouco da raiz ralada em sucos e molhos. 

Constipação è
Os hormônios da gravidez afetam o funcionamento do intestino, que fica mais lento. Previna a constipação tomando um copo de água por hora e aumentando o consumo de fibras (legumes e verduras cruas, frutas, cereais, germe de trigo, aveia). Ameixa, laranja e mamão têm propriedades laxantes.

Dor nas costasè
O crescimento da barriga altera o centro de gravidade da gestante. Conforme o abdôme se projeta para a frente, a curvatura da coluna lombar se acentua, gerando uma lordose que causa dor. Para preveni-la, evite usar salto alto e carregar peso. Durma de barriga para cima, com um travesseiro sob os joelhos. Se tiver dor, deixe a água quente cair sobre a região lombar, no banho, ou aplique bolsa de água quente. Deitada de lado, use a mão para fazer uma bolinha de tênis rolar sobre a região lombar, aplicando um pouco de pressão para aliviar a tensão muscular. 

Dor nas pernas è
Cãibras lancinantes no meio da noite, sensação de fadiga no fim do dia. De uma forma ou de outra, as pernas doem na gravidez. A pressão do bebê sobre os nervos da pelve e o sobrepeso da gestação são alguns dos responsáveis, além das alterações metabólicas da gravidez. Exercitar as pernas, caminhando ou nadando, ajuda. Também é aconselhável poupá-las, evitando andar de salto e ficar em pé por longos períodos. Sempre que possível, deite-se. 

 Dor nos pésè
Para aliviar a dor na fáscia plantar, sente-se em uma cadeira e role uma bola de tênis sob um dos pés, descalço. Aplique pressão para fazer a bola deslizar em círculos por toda a planta, do calcanhar aos dedos. Repita a massagem no outro pé. 

Falta de arè
A pressão do bebê sobre o diafragma pode aumentar a sensação no último trimestre da gravidez. Sentada, experimente inspirar contando até dois, reter o ar contando até dois e expirar lentamente, contando até quatro. Repita até sentir-se melhor. 

 Hemorróidas è
A tendência à constipação e o aumento da pressão abdominal, que comprime as veias pélvicas podem agravar as hemorróidas, veias dilatadas ao redor do ânus ou do reto. Para preveni-las, consuma mais fibras e líquidos, tente ficar menos tempo sentada e descanse todos os dias com as pernas elevadas. Compressas de chá de camomila podem ajudar, na crise.

Fonte: Livro de autoria da Dra. Silvana Chedid Grieco , Gravidez aos 40.



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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

No trabalho: coloque limites


A legislação trabalhista brasileira garante à gestante quatro meses de licença-maternidade e estabilidade no emprego durante toda a gravidez. Mas o país não dispõe, como a Alemanha e os Estados Unidos, de um mecanismo legal que garanta à mulher grávida o direito a um tratamento especial no trabalho, com carga horária e tarefas mais compatíveis com seu estado.
Além disso, com o crescimento da economia informal, um contingente enorme de brasileiras se vê, hoje, completamente destituído de proteção e/ou remuneração especial durante a gravidez. Para piorar, mais e mais grávidas se queixam de discriminação no trabalho. Segundo elas, o direito à licença-maternidade e as ausências por problemas de saúde causam desconforto entre os empregadores, que passam a tratá-las de forma diferente no momento em que anunciam a gravidez.
Seria desejável que as leis e a prática continuassem protegendo o direito fundamental da mulher grávida a ter uma gestação saudável e a receber um tratamento especial no ambiente de trabalho. Diante de um cenário que aponta na direção contrária, porém, caberá a você negociar limites para o que é possível continuar fazendo no escritório – e o que precisará ser rearranjado.

Hora extra: não, por favor

A não ser que você tenha um problema de saúde e precise de repouso, nada a impede de trabalhar durante a gravidez. Conforme a barriga cresce, porém, vai se tornar cada vez mais difícil cumprir uma rotina que inclua jornadas de mais de oito horas, viagens frequentes e atividades fora do horário de trabalho. Na gravidez, sobretudo depois dos 40, uma rotina tensa, sem oportunidades suficientes de descanso, produzem estresse e fadiga, prejudicando seu sono, seu humor e sua saúde.
Colocar limites em um dia a dia pesado de trabalho depende, antes de tudo, de uma decisão sua. Lembre-se que você não precisa trabalhar como se não estivesse grávida. Pelo contrário: proteger sua saúde e a do bebê pode e deve ser uma prioridade. Durante a gravidez, faça o seu trabalho o melhor que puder, mas desista de ser a “primeira da classe”. Volte parte da atenção que estava dedicada ao trabalho às outras necessidades que você precisa satisfazer, como atividade física e descanso.
Seu obstetra pode ser um aliado importante nesta hora. Converse com ele sobre ajustes que podem melhorar seu dia-a-dia no trabalho. Algumas idéias:


*Não trabalhe de salto alto ou roupas justas.Vista-se de forma confortável.

*Diante do computador, sente-se com a coluna apoiada e, se preciso, use uma pequena almofada para acomodar a lombar. Mantenha os braços apoiados na mesa, os pés sobre um banquinho e os joelhos em um ângulo de 90º em relação ao corpo.

*Algumas vezes por dia, levante-se e ande para estimular a circulação.

*Após o almoço, antes de voltar ao escritório, faça uma caminhada de 15 minutos.

*Depois do sexto mês, reduza atividades fora do horário de trabalho ou viagens. Abra espaço em sua agenda para atividades físicas leves e momentos relaxantes.

*Procure flexibilizar seus horários a partir do fim do sétimo mês. Almoce em casa algumas vezes por semana e descanse um pouco antes de voltar ao trabalho.

*Programe-se para trabalhar só meio período no último mês de gravidez. Se não for possível, reduza a jornada ou trabalhe alguns períodos por semana em casa.

*Ofereça-se para preparar seu substituto, quando for o caso, ainda no oitavo mês.


Gravidez tardia e atividade física

Se não estiver correndo risco de abortamento, por problemas na placenta ou outros, a gestante de mais de 40 anos pode se beneficiar imensamente da prática constante de exercícios de baixo impacto e de baixa intensidade. Eles ajudam a controlar o ganho de peso, o açúcar no sangue, a pressão, a ansiedade e o estresse.
A ênfase de um programa de atividade física para a gestação tardia não deve estar na queima de calorias e nem, muito menos, na superação de qualquer limite físico. Escolha uma atividade prazerosa e relaxante, que a ajude a descarregar tensões e a conquistar uma consciência maior de seu corpo.
Realizada com frequência, mesmo uma prática leve pode ser valiosa para melhorar o humor, manter os músculos tonificados, reduzir inchaços, prevenir dores nas costas e nas pernas e garantir um sono tranquilo.

O que fazer – e quanto

Natação e hidroginástica são boas escolhas. Além de colocarem o corpo em movimento sem elevar sua temperatura, elas auxiliam na redução de edemas e proporcionam à gestante o alívio de estar sendo sustentada pela água enquanto se movimenta. Nos últimos meses, isto fará diferença.
 Caminhada, ginástica localizada, musculação (sem peso), alongamento e ioga também são ótimos exercícios para a gestação. Lembre-se de se manter hidratada, evite o calor excessivo e não exagere ao alongar-se: os hormônios da gravidez produzem relaxamento articular, deixando a mulher mais suscetível a lesões.  
É importante consultar seu obstetra sobre qual atividade se adequa melhor ao momento e quanto fazer. Ele provavelmente recomendará que você continue praticando uma modalidade que já conhece. Se for começar algo novo, vá com calma. Não é recomendada, na gravidez, a prática de corrida,equitação, aeróbica ou dança de alto impacto, squash, mergulho, salto e esportes com bola (vôlei, basquete, tênis). 



Fonte: Livro de autoria da Dra. Silvana Chedid Grieco , Gravidez aos 40.



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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mulheres acima do peso tem mais problemas de infertilidade

A exposição de ovários aos níveis altos de gordura comumente encontrados em obesas e diabéticas pode prejudicar o desenvolvimento do embrião, de acordo com um estudo publicado conduzido por cientistas da Bélgica, Reino Unido e Espanha.
A descoberta dá maior sustentação a recomendação médica de emagrecer feita para mulheres que querem ter bebês.
A pesquisa foi feita com ovários de vacas, porém, o coordenador do estudo, o belga Jo Leroy, da universidade de Antuerpia, disse que as descobertas podem explicar porque mulheres gordas e que sofrem de diabetes podem ter mais dificuldade de conceber.
– Nas vacas nós podemos induzir problemas metabólicos para testar se eles induzem problemas de fertilidade e comprometimento da qualidade dos ovários. Por essa razão, os ovários bovinos são um modelo interessantes para pesquisa de reprodução humana.
Os pesquisadores concluíram que quando embriões de gado eram expostos a altos níveis de ácidos gordurosos eles apresentavam menor atividade metabólica, menor consumo de oxigênio, entre outras alterações que podem comprometer a gestação.

Fonte : R7.



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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Box: Quer se acalmar? Respire.


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Quando se sentir ansiosa e sem sono, tente praticar essa respiração calmante da ioga antes de ir para a cama. Sente-se em uma cadeira ou poltrona confortável, com a coluna ereta. Una o polegar e o indicador da mão esquerda, que fica pousada em seu colo. Com o dedo médio da mão direita, obstrua a narina direita. Inspire pela esquerda. Segure o ar nos pulmões e mova o dedo para a narina esquerda, fechando-a. Expire pela narina direita. Inspire pela mesma narina. Segure o ar, troque o dedo de lugar, obstruindo a narina direita. Expire pela narina esquerda.

Repita por cinco minutos, ou até se sentir cansada.

 Estresse: pare antes de chegar lá

      É possível que, mesmo grávida, você tenha de dar conta de uma lista longa de tarefas, tanto no trabalho quanto em casa. Tentar cumpri-las a qualquer preço, pulando refeições e sacrificando horas de sono e lazer, não é uma estratégia que vá levá-la muito longe na gravidez. Equilibrar atividade e repouso, tensão e relaxamento, emoções negativas e prazeres é essencial para ter uma gestação saudável. Mal-estar, nervosismo e sono perdido se acumulam, gerando irritabilidade, exaustão e dor física. Em uma palavra, estresse – uma condição séria, que predispõe ao aumento da pressão e ao parto prematuro, entre outros problemas.

Para desmontar esta armadilha, procure ficar atenta aos sinais orgânicos. Quanto mais consciência você tiver do próprio corpo, melhores serão suas chances de se adaptar às mudanças da gravidez. Respeite seus novos padrões de sono e suas necessidades alimentares. Se tiver vontade de fazer um intervalo no trabalho, faça; se sentir que deve parar de fazer um determinado exercício, pare. 

Para administrar melhor o dia-a-dia, evitando o estresse:

 Priorize: Refaça sua lista de tarefas, adiando e delegando a outros o que for possível e antecipando o que for prioritário. Talvez você possa, por exemplo, adiar o MBA noturno que havia planejado fazer para quando o bebê completar seis meses.

  Reveja sua agenda: Desimpeça sua rotina, eliminando atividades que tragam mais estresse do que benefício: um curso em um bairro distante, uma atividade voluntária em um horário difícil. Limite o número de compromissos por período e reserve tempo diário para dedicar-se a uma atividade física ou relaxante.

 Poupe-se: Principalmente no fim da gravidez, selecione seus compromissos sociais. Se a festa não for de amigos queridos, economize sua energia (e pernas) e faça um programa caseiro: fique em casa assistindo em DVD filmes que você perdeu no cinema, leia, chame alguns amigos para testar uma nova receita.


Faça massagem: Desde que seja feita por um profissional credenciado, a massagem é um ótimo recurso na gravidez. Sessões semanais aliviam a sobrecarga sobre as juntas, a insônia, as cãibras e as dores do nervo ciático, lombares e cervicais. A drenagem linfática, suave e lenta, ajuda a reduzir a retenção de líquidos.

 Medite: Defendido por religiões e filosofias diversas, o exercício da meditação ajuda a descansar a mente, reduzindo a confusão de vozes interiores e favorecendo a clareza, a concentração e os estados de tranquilidade. Há centenas de meditações possíveis, envolvendo exercícios respiratórios, visualizações, cantos e até movimento. Um exercício básico é sentar-se confortavelmente em um lugar tranqüilo e, de olhos fechados, concentrar-se na respiração, percebendo sua ação sobre o corpo e seu ritmo.


Fonte: Livro de autoria da Dra. Silvana Chedid Grieco , Gravidez aos 40.




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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Pegue leve!

Bem-estar e gravidez tardia; alterações físicas e piscológicas; a importância de reduzir o ritmo; exercício físico; respirações que acalmam; soluções para problemas comuns
A gravidez é um período de intensa mudança – e grandes surpresas – na vida da mulher. Conforme o bebê cresce e seu corpo se expande, os órgãos da mulher se reacomodam, mudam a postura, as feições, o peso. À medida que os hormônios se alternam, seus humores e emoções oscilam. A gravidez cansa, impõe restrições alimentares, limita seus movimentos, muda sua sexualidade e sua auto-imagem, traz desconforto, dores e riscos. Por mais que sonhe e deseje ser mãe, uma mulher de 40 anos dificilmente deixará de sentir o impacto físico e emocional de tudo isso.
O título desse capítulo contém uma das chaves para a mulher madura que quer ter uma gravidez tranqüila. O primeiro passo é entender que este não é um período corriqueiro da vida. É, antes, um momento no qual a maneira como você se alimenta, trabalha, dorme e se sente incidirá diretamente sobre o progresso da gravidez e o desenvolvimento do bebê. Mais do que qualquer outra, a gestação após os 40 anos precisa ser vivida com prazer, bem-estar, qualidade – e sem correria.


Uso responsável da energia

Essa idéia contraria a noção corrente que apregoa a gestação como uma fase normal (leia-se: produtiva) da vida. As imagens da mídia e da publicidade sugerem invariavelmente que é possível viver a gravidez sem alterar a rotina, sem abrir mão do desejo de desempenhar profissionalmente – e sem mudar de manequim. Certamente a mulher pode trabalhar na gravidez, seja ela executiva, atriz ou operária. A realidade, porém, é que poucas se sentirão tão dispostas a enfrentar jornadas longas e a correr atrás de prazos impossíveis quanto se sentem normalmente.
A concepção e a gestação são milagres da vida. No caso das mulheres com 40 anos ou mais, a oportunidade de gestar um filho é algo ímpar e precioso. Lembre-se disto quando precisar fazer frente à pressão para viver e trabalhar como as mulheres que não estão grávidas. Diante desse desafio, muitas optam por se esforçar duplamente na gravidez. Cuidado: as gestantes que se gabam de conseguir “fazer tudo” no trabalho são candidatas a sofrer de insônia, a desenvolver hipertensão, a darem à luz antes do tempo ou a terminar a gestação de repouso.
Se você quer ter uma gravidez saudável, acostume-se à idéia de reduzir a tensão, a carga de trabalho e as exigências em relação a você mesma. E lembre-se: sua saúde e a do bebê dependem de você assumir uma atitude responsável diante da administração de seu tempo e de sua energia.

Fonte: Livro de autoria da Dra. Silvana Chedid Grieco , Gravidez aos 40.



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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ovulodoação: anônima e voluntária.

De acordo com a resolução do Conselho Federal de Medicina que serve de parâmetro legal à reprodução assistida no país (1992), a doação de sêmen e de óvulos é permitida no Brasil, desde que seja voluntária e anônima. Ou seja: fica vetada qualquer forma de comércio envolvendo gametas, e os doadores não podem conhecer a identidade dos receptores (ou vice-versa). A resolução também dispõe contra a doação entre familiares.
Embora protejam normas éticas, essas restrições impõem algumas dificuldades à busca de doadores de gametas, sobretudo mulheres. Além das doações pelas pacientes submetidas à FIV, pode-se também fazer doação cruzada: uma receptora indica uma doadora para doar óvulos a outra paciente; esta, por sua vez, sugere uma doadora para a primeira.
Alguns conselhos regionais de medicina no Brasil já deram pareceres favoráveis à prática da doação compartilhada. O mecanismo permite que uma mulher que precise de óvulos contribua para o tratamento de outra mulher, mais jovem, que envolva estimulação ovariana. Em troca, a primeira recebe parte dos óvulos que a segunda produzir.


Depoimento

“O que importa é o ser humano lindo
e maravilhoso que vai nascer”
Com três filhos do primeiro casamento, A.B. optou pela ovulodoação para ter um bebê com o novo marido, aos 41 anos. Resultado: trigêmeos saudáveis e mais filhos a caminho.

“Tenho dois filhos e uma filha de meu primeiro casamento, que hoje estão com 18, 17 e 15 anos. Fiquei casada com meu primeiro marido por quase 20 anos, só esperava os netos. Mas o destino mudou completamente minha vida. Meu marido tinha transtornos psiquiátricos e nos divorciamos. Na Internet, fiz amizade com uma pessoa cujo nickname era Arthur. Ambos enfrentávamos problemas com os filhos e trocávamos idéias sobre como resolvê-los. Acabei perdendo o e-mail dele. Anos mais tarde, uma série de incríveis coincidências nos reuniu. Ficamos amigos, fomos morar juntos e nos casamos um ano depois.
Sempre quis ter uma menina, e aí a vontade ressurgiu. Mas eu já tinha tido endometriose, feito laqueadura, perdido uma trompa. Já havia passado por 14 cirurgias. Ou seja: jamais voltaria a ter filhos sem ajuda médica.
Decidi consultar uma clínica de reprodução assistida depois de ver um programa da Silvia Poppovic sobre maternidade após os 40 anos. Ela havia conseguido, e isso me fez achar que havia luz no fim do túnel. Escolhi uma clínica e fiz duas tentativas de fertilização in vitro. Mas eu passava muito estresse e ovulava antes que eles conseguissem colher os óvulos. Mudei de clínica, e a segunda foi pior. Fui anestesiada para uma captura de óvulos e, depois, me disseram que só haviam encontrado um, que estava destruído. Na realidade, acho que não fizeram procedimento nenhum e ainda usaram o esperma do meu marido para doações.
Saí dessas tentativas muito deprimida. Acabei me conformando com o fato de que não teria mais filhos. Mas, um dia, uma funcionária do nosso convênio de saúde me mostrou um folder da clínica da doutora Silvana Chedid. Resolvi fazer o tratamento, que usava uma nova medicação. Mas minha ovulação já não era eficiente, e as chances de responder ao estímulo do ovário eram mínimas. Foi quando ela me apresentou a idéia de utilizar um óvulo doado.
Outro médico já havia me falado disso antes, e eu não quis aceitar. Parecia que os filhos não seriam meus. Mas as tentativas frustradas me mostraram que este não era o caminho. Também, por ser médica, sabia que na minha idade a chance com a doação dos óvulos era maior, e os riscos de doenças como a Síndrome de Down, menor. Concluí que não tinha nada contra a doação, pois o filho seria gerado e alimentado dentro de mim. Além do quê, era também do meu marido.
Só depois que aceitei a idéia da doação do óvulo as coisas começaram a dar certo. Na primeira tentativa, foram coletados 15 óvulos de uma doadora mais jovem. Após a fertilização com o esperma do meu marido, tínhamos sete embriões em condições de serem implantados. Cinco foram colocados no meu útero. A médica me perguntou se eu queria congelar os restantes para o caso de precisar de uma segunda tentativa. Não tinha vontade de descartá-los, e aceitei.
Engravidei dos trigêmeos – duas meninas e um menino – nessa primeira tentativa. A gestação foi maravilhosa, sem complicações comuns na minha idade, como diabetes e hipertensão. Parei de trabalhar e me dediquei só à gravidez. Viajei, me diverti, me alimentei só com comidas naturais, evitei gorduras e açúcares. Engordei 16 kg, quando seria normal até 20 kg.
 Fiquei internada por duas semanas antes do parto porque um dos bebês não ganhava peso. A cesárea foi feita na 31ª semana, depois que se constatou que uma das meninas estava com os batimentos cardíacos muito baixos. O menino nasceu com 930 g, e as meninas com quase 2 kg cada uma. Elas tiveram alta com pouco mais de um mês de UTI, e ele chegou a quase dois meses de internação.
Hoje, estão todos saudáveis e completaram quatro anos. As meninas são uma bem loirinha e a outra bem moreninha, o menino é clarinho com olhos verdes. Todos acham as crianças parecidas ou comigo ou com o pai. Por incrível que pareça, o menino é muito parecido comigo mesmo!
Amo meus trigêmeos da mesma maneira que amo os filhos originados dos meus óvulos. Não tem a menor diferença. Acredito que temos um corpo físico e um espírito ou alma. O que importa é o ser humano lindo e maravilhoso que vai nascer e ser amado. Não conheço a doadora, sei apenas que tem menos de 30 anos. Às vezes tenho curiosidade de saber como ela é e vontade de agradecer por ter sido tão generosa. Se não fosse, meus filhos hoje não estariam ao meu lado e lhes teria sido negado a chance de nascerem.
Eu diria às mulheres que se confrontam com a idéia da doação de óvulos que elas deveriam arriscar sempre. Minhas crianças são um presente tão lindo, me trazem tanta felicidade!”

Fonte: Livro de autoria da Dra. Silvana Chedid Grieco , Gravidez aos 40.



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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Como a reprodução assistida pode ajudar?

A capacidade reprodutiva da mulher depois dos 40; tratamentos de reprodução assistida; o que é fertilização in vitro; por que optar por óvulos doados; diagnóstico pré-implantação

Você possivelmente conhece uma mulher que tenha engravidado após os 40 anos sem qualquer tratamento. A rigor, a gravidez pode acontecer espontaneamente mesmo que a mulher já esteja numa idade considerada avançada para a reprodução, desde que o casal tenha vida sexual e que nenhum dos parceiros apresente algum problema sério de fertilidade. As estatísticas mostram, contudo, que a gestação tardia é um evento raro. Quando uma mulher tem 20 anos, suas chances de engravidar naturalmente são de quase 80%. Aos 40, elas estão reduzidas a 5%. 
A razão para isto é bastante conhecida: na mulher, a fertilidade declina com a idade. Dos 15 aos 25 anos, ela vive o auge de sua capacidade reprodutiva. A partir daí, essa capacidade começa a decair, o que se intensifica depois dos 35 anos. Embora a menstruação só cesse, em média, por volta dos 50 anos, menos do que 30% das mulheres com mais de 40 estão aptas a engravidar naturalmente.
Dois outros riscos importantes ligados à reprodução crescem com a idade, influindo nas perspectivas de quem quer ser mãe depois dos 40. Mulheres mais velhas sofrem mais abortamentos, principalmente por problemas cromossômicos, mas também por falhas na implantação do embrião no útero. Os riscos de dar à luz bebês com anomalias cromossômicas, como a Síndrome de Down, por exemplo, aumentam.
Com tantos obstáculos naturais no caminho, como se explica o evidente crescimento do número de mulheres que se tornam mães de crianças saudáveis com 40 anos ou mais?

Esperança para quem adia a maternidade

As mudanças sociais e de comportamento que levam as mulheres a adiar a maternidade – um fenômeno configurado nos países desenvolvidos e que cresce entre as classes mais altas dos países pobres, como o nosso – explicam, em parte, os números. Mas eles certamente não seriam os mesmos sem o avanço nos tratamentos de infertilidade e reprodução assistida. Ao criar alternativas para a mulher que já não ovula, ovula pouco ou produz gametas de qualidade reduzida, eles aumentaram as chances de gravidez nesta faixa etária. Ao mesmo tempo, graças ao relativo “controle de qualidade” dos embriões que esses tratamentos possibilitam, tem sido possível reduzir a incidência de bebês nascidos com anomalias genéticas.
Isso não significa que a ciência tenha tornado possível a qualquer mulher engravidar em qualquer idade. Apesar do que sugere o desfile de celebridades maduras com bebês nos braços que a mídia exibe constantemente, a idade está longe de se tornar um fator irrelevante, no que diz respeito à reprodução humana. As mulheres que adiaram a decisão de ter filhos até os 40 anos continuam tendo dificuldades aumentadas para engravidar e levar a gestação a termo, além de chances maiores de gerar um filho com problemas genéticos.
Mas, de fato, nunca houve tanta esperança para elas quanto hoje.

Por que a idade traz infertilidade?

Para entender o que os tratamentos de infertilidade podem fazer pela mulher de mais de 40 anos que sonha ser mãe, é preciso compreender porque a idade pesa tanto na fertilidade da mulher e em sua capacidade de gerar filhos saudáveis. O motivo é simples. Diferentemente do homem, que produz novas levas de espermatozóides a cada 45 dias, a mulher já nasce com todos os folículos que se transformarão em óvulos ao longo de sua vida, da primeira à última menstruação.
Com os anos, a reserva dos folículos armazenados nos ovários diminui. O resultado é que a mulher começa a produzir óvulos com menos frequência e/ou com problemas cromossômicos – logo, menos aptos para a reprodução e mais propensos a gerar embriões que carregam essas alterações.
O processo de envelhecimento ovariano independe da qualidade de vida da mulher. Ou seja: acontece mesmo com aquelas que se mantêm jovens, saudáveis e em boa forma física. A não ser que a mulher tenha também um problema físico que cause infertilidade – como uma obstrução nas trompas causada por uma infecção ou um mioma que reduza o espaço da cavidade uterina –, o maior desafio de um tratamento de infertilidade nessa faixa etária são as dificuldades e riscos associados ao envelhecimento dos óvulos.

Produção de óvulos: divisor de águas

Quando uma paciente tem mais de 40 anos, o tratamento começa por uma pesquisa que avalia em que ponto ela se encontra do processo de envelhecimento ovariano. Um teste específico (FSH) mede sua reserva ovariana, ou seja, sua capacidade de produzir óvulos. O resultado é um divisor de águas importante. Com base na reserva ovariana, o médico saberá dizer se a paciente pode responder bem a um tratamento clínico que estimule seus ovários a produzir mais do que o normal – ou não.
Mulheres que ainda estiverem aptas a produzir óvulos podem aumentar suas chances de engravidar combinando a estimulação dos ovários a um dos dois tratamentos mais conhecidos de reprodução assistida: a inseminação intrauterina ou a fertilização in vitro (FIV). Para as demais, a solução pode estar em uma decisão um pouco mais difícil: a utilização de um óvulo doado por uma mulher mais jovem.

Inseminação intrauterina

Menos invasiva e de custo mais baixo que a FIV, a inseminação está indicada para pacientes sem problemas físicos que impeçam a concepção – como uma aderência causada por endometriose, por exemplo –, e cujo parceiro tenha uma contagem ao menos regular de espermatozóides.
O processo acontece em duas etapas. Na primeira, utilizam-se medicamentos para estimular os ovários da paciente, ao mesmo tempo em que se monitora a resposta a estes medicamentos com ultrassonografias. O objetivo é acompanhar o desenvolvimento dos folículos e posteriormente precipitar sua maturação.
Quando a ovulação está prestes a acontecer, o esperma do parceiro é colhido e tratado no laboratório, com técnicas que separam os espermatozóides do líquido seminal e selecionam os gametas com mais movimento (e, portanto, maiores chances de fertilizar os óvulos da parceira). No consultório, um cateter leva os espermatozóides, através do colo, até o interior do útero da mulher, por via vaginal. É um procedimento simples, totalmente indolor, realizado ambulatorialmente e que dura, no máximo, 15 minutos.
Para que a inseminação tenha sucesso, um ou mais óvulos precisam ser fertilizados pelos gametas masculinos; e o(s) embrião(ões) resultantes têm de se aderir adequadamente ao endométrio, iniciando a gestação.
As chances de sucesso da inseminação para mulheres a partir de 40 anos são de 10%, contra 18%, para as que têm de 30 a 35 anos, e 20%, para as de 30 ou menos.

Fertilização in vitro

Na fertilização in vitro, o ovário da mulher é estimulado com medicamentos e os folículos resultantes são aspirados dos ovários com uma agulha conduzida por um transdutor de ultrassonografia transvaginal. O procedimento é ambulatorial mas requer sedação. É rápido e indolor. Enquanto ele acontece, o esperma do parceiro é colhido e “lavado” através do processo de capacitação seminal.
Terminados os dois processos, óvulos e espermatozóides são colocados em contato no laboratório para que a fertilização aconteça. Numa variação da técnica clássica da FIV, conhecida como micromanipulação ou ICSI (intracitoplasmatic sperm injection), espermatozóides selecionados são injetados diretamente nos óvulos.
Os embriões gerados no laboratório permanecem em cultura por três a cinco dias; então, são reconduzidos ao útero da mulher por um cateter bem fino, num procedimento indolor que dispensa anestesia e é conhecido como transferência embrionária. A resolução do Conselho Federal de Medicina que regula a reprodução assistida no Brasil, de 1992, limita a quatro o número de embriões que podem ser transferidos por ciclo de tratamento.
Para que o procedimento dê certo, um ou mais embriões precisam se implantar no endométrio, que é a camada interna do útero. Duas semanas depois, um teste de gravidez no sangue verifica se isso aconteceu.
As taxas de sucesso da FIV variam com a idade da paciente. Segundo dados americanos, mulheres entre 40 e 42 anos têm uma chance de 15.2% de engravidar com o tratamento. A partir dessa idade, as taxas de gravidez despencam para menos que 5%. 

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Óvulos classe A

Na fertilização in vitro, a qualidade dos embriões gerados no laboratório é analisada que sejam transferidos para o útero. O objetivo não é apenas escolher os mais aptos a serem bem-sucedidos no processo de implantação, mas também selecionar aqueles que ofereçam risco diminuído de anomalias genéticas. Os parâmetros utilizados para se classificar os embriões incluem o número de células (que deve ser o maior possível) e a porcentagem de fragmentos (quanto maior, pior é a qualidade do embrião). Embriões com 25 a 50% de células fragmentadas oferecem 93% de risco de anomalias genéticas e baixa capacidade de implantação no útero.
Em situações em que o risco de problemas cromossômicos nos embriões é aumentado, podemos utilizar técnicas modernas de diagnóstico genético. A técnica de PGD (Pre-Implantation Genetic Diagnosis), ou Diagnóstico Genético Pré-Implantação, consiste em retirar uma célula do embrião no terceiro dia após a fertilização e analisar seu DNA em busca de defeitos genéticos (como os que causam a fibrose cística, por exemplo), doenças recessivas ligadas aos cromossomos sexuais (hemofilia, distrofias neuromusculares) e anomalias em três outros cromossomos, incluindo a trissomia do 21, que causa a Síndrome de Down. Quando o teste detecta alguma alteração cromossômica, o embrião afetado não é transferido.
A biópsia permite também detectar o sexo do embrião, um recurso que é usado quando há risco de doença genética ligada ao sexo, como a hemofilia, por exemplo.
De custo alto, a PGD não é feita rotineiramente, mas apenas quando há história de doença genética na família; em mulheres com mais de 38 anos, pelo índice aumentado de problemas cromossômicos; ou em casos que poderiam ser explicados por anomalias genéticas, como os de pacientes que têm aborto habitual ou já fizeram pelo menos duas tentativas malsucedidas de fertilização in vitro com embriões considerados bons pelo exame morfológico, sem posterior implantação.

Óvulo doado: decisão difícil, ótimos resultados

Se uma mulher que quer ser mãe apresenta reserva ovariana baixa ou já passou dos 43 anos, suas chances de gerar um bebê saudável com os próprios óvulos é tão baixa que a realização de tratamentos caros, como a FIV, raramente é indicada. A taxa de gravidez é pequena e o risco de aborto, significativamente alto. Para estas mulheres – assim como para aquelas que já estão na menopausa –, a melhor chance de engravidar está em receber óvulos doados por uma mulher mais jovem. Esses óvulos serão fertilizados in vitro com os espermatozóides do parceiro e os embriões produzidos serão transferidos para seu útero para crescer e se desenvolver.
Desde que gerou a primeira gravidez bem-sucedida, em 1983, a prática vem sendo utilizada com frequência não apenas por mulheres mais velhas, mas por pacientes com problemas ovulatórios em geral ou que não respondem bem à indução de ovulação. Os resultados são ótimos: quando o óvulo é mais jovem, a chance de gravidez é maior e os riscos de aborto e de problemas cromossômicos, menores. As taxas de gravidez obtidas com óvulos doados coincidem com as taxas da faixa etária da doadora. Ou seja: se uma mulher de 37 anos recebe um embrião fertilizado a partir do óvulo de uma mulher de 21, suas chances de engravidar são as mesmas que uma mulher de 21 anos teria ou seja, duas a três vezees maior do que as suas próprias.
Diversos estudos demonstram que, aos 40 anos, a qualidade do óvulo pesa muito mais na redução da fertilidade do que a receptividade do endométrio – o fator que determina se o embrião vai ou não aderir ao útero, dando início à gravidez. Aparentemente, essa receptividade se altera menos com a idade.

Vencendo a resistência

A idéia de recorrer a um óvulo doado para engravidar costuma despertar resistência nas mulheres, em princípio. Por falta de informação sobre a natureza da fertilidade feminina e a ação da idade, boa parte das candidatas à maternidade tardia acredita que, enquanto houver menstruação, elas continuam aptas a gerar filhos. Outras tomam saúde, boa forma física e peso ideal por indicadores de fertilidade. Para muitas, a idéia de ter de recorrer a um óvulo doado vem como um choque, uma prova de falência ou fracasso pessoal.
Talvez seja por esse motivo que poucas mulheres falam de ovulodoação, mesmo quando lançam mão do recurso para engravidar – o que é seguramente o caso de muitas que têm filhos com mais de 45 anos. Mas, se o silêncio contribui para perpetuar o preconceito e a desinformação que cercam a prática, seus excelentes resultados acabam fazendo com que ela se imponha como solução, sobretudo aos 40 anos ou mais.
Além disso, dois fatores pesam a favor da ovulodoação. O primeiro é que ela permite que o óvulo doado seja fertilizado com os gametas do companheiro da paciente. O segundo é que a candidata a mãe tem a chance de gestar o filho em seu próprio útero. Ambos contribuem para firmar o vínculo afetivo entre pais e bebê, minimizando qualquer estranheza relacionada ao uso do óvulo doado. No testemunho das mulheres que se tornaram mães tardiamente graças a esse pequeno milagre da reprodução assistida, essa estranheza tem pouco ou nenhum peso.

Como é feito o tratamento?

Quando uma mulher opta pela ovulodoação, cabe à clínica ou ao médico que está conduzindo o tratamento encontrar uma doadora. Essa mulher deve ser jovem (menos de 35 anos) e saudável, sem histórico de doenças sexualmente transmissíveis ou genéticas. Além disso, sua tipagem sangüínea deve ser compatível com a da receptora. É importante também que as características físicas (altura, peso, cor da pele, cabelo e olhos) da doadora sejam semelhantes às da receptora.
Encontrar uma doadora nem sempre é uma tarefa simples. Para doar óvulos, a mulher precisa se submeter à estimulação ovariana, que envolve medicamentos, e passar por um procedimento de coleta dos óvulos. Como a doação deve ser voluntária, é preciso encontrar mulheres que sejam simpáticas à causa de ajudar outras a terem filhos.
Em geral, as doadores são as próprias pacientes que se submetem ao tratamento de FIV, em geral por um problema masculino, e que sejam jovens e com uma boa função ovariana. As doações são anônimas e não-remuneradas. Assim, uma mulher com condições de produzir óvulos que esteja se submetendo a um tratamento de infertilidade pode doar parte dos óvulos que produzir a uma paciente que precise deles. O recurso é prático, já que a coleta dos óvulos da doadora, a fertilização e a transferência para o útero da receptora precisam ser feitas dentro do mesmo curto espaço de tempo. O ciclo da receptora deve ser sincronizado com o da doadora.


Fonte: Livro de autoria da Dra. Silvana Chedid Grieco , Gravidez aos 40.



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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Anorexia e bulimia podem prejudicar a fertilidade

Pesquisa aponta: mulheres com anorexia e bulimia demoram mais para engravidar
Mulheres com anorexia e bulimia podem demorar mais para engravidar do que mulheres sem esses transtornos alimentares, aponta um novo estudo. Pesquisadores do Reino Unido pediram a 11.088 grávidas para preencher questionários na 12ª e 18ª semanas de gestação. Entre as mulheres, 171 (1,5%) tiveram anorexia em algum momento de suas vidas, 199 (1,8%) tiveram bulimia, e outras 82 (0,7%) haviam tinham experimentado ambas as condições.
A maior proporção das mulheres com transtornos alimentares levou mais de seis meses para conceber em comparação com aquelas sem história de transtornos alimentares (39,5% contra 25%). No entanto, os pesquisadores constataram que as mulheres com transtornos alimentares não eram mais propensas a demorar mais de 12 meses para engravidar.
Mulheres com anorexia ou bulimia foram mais de duas vezes mais propensas a engravidar com a ajuda de tratamentos de reprodução assistida: 6,2% contra 2,7% nas sem os transtornos.
O estudo também constatou que 41,5% das mulheres com anorexia, disse que sua gravidez não foi planejada, em comparação com 28,6% das mulheres na população em geral. Isto sugere que as mulheres com anorexia tendem a subestimar suas chances de engravidar, acreditam os pesquisadores.
Esta pesquisa destaca que há riscos para a fertilidade associados aos transtornos alimentares. No entanto, as altas taxas de gravidez não planejada em mulheres com histórico de anorexia sugerem que elas podem estar subestimando suas chances de engravidar", disse a autora Abigail Easter, do Instituto de Psiquiatria do Kings College, de Londres (Reino Unido).
"As mulheres que planejam engravidar devem, idealmente, procurar tratamento para seus sintomas de transtorno alimentar antes da concepção e os profissionais de saúde devem estar cientes da possibilidade desses problemas ao investigar a fertilidade e fornecer tratamento para engravidar", acrescentou.

Fonte: midianews.



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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Mãe aos 40: prós e contras (Livro da Dra. Silvana , Gravidez aos 40).

A tendência à gravidez tardia; expectativa de vida e emancipação feminina; fertilidade aos 40; condições físicas e maturidade emocional; riscos aumentados; pré-natal.

Na última década, mais e mais mulheres decidiram ter filhos após os 40 anos, desafiando um limite de idade que os médicos sempre consideraram proibitivo para a reprodução. Para saber se elas têm sido bem sucedidas, basta olhar em volta.Hoje, as mães com mais de 40 anos estão em toda parte. Nas páginas de revista, nas reuniões de pais, na sala de espera dos pediatras. E nas estatísticas. Nos Estados Unidos, só na década de 80, os nascimentos de filhos de mulheres nessa faixa etária dobraram. Na Inglaterra, na última década, 50% mais mulheres tiveram bebês entre 40 e 44 anos do que nos dez anos anteriores. No Canadá, a taxa de nascimentos entre mulheres de 40 a 44 dobrou nos últimos 25 anos. No Brasil, em 1991, as mães que tiveram o primeiro filho na meia idade eram 0,67% do total; em 2000, a porcentagem havia subido para 0,79%.
            Não é difícil imaginar os fatores que têm contribuído para esta mudança. Em primeiro lugar, a elevação na expectativa de vida observada nos últimos 30 anos vem transformando substancialmente nossa maneira de viver a vida e de pensar na idade. Há 40 anos, uma pessoa com 50 anos era considerada idosa. Hoje, quando alguém morre antes dos 80, considera-se que o evento aconteceu antes da hora. Com mais tempo para viver, é natural que as mulheres se permitam adiar a maternidade – um direito que, até então, só os homens tinham.
            Se a expectativa de vida mudou, as prioridades da mulher também se transformaram. A conquista de independência financeira e a realização pessoal, ambas atreladas à formação profissional e à performance no mercado de trabalho, são consideradas mais cruciais hoje do que a busca de um parceiro e o ideal de criar uma família. O resultado é que costumam vir antes, na lista de conquistas necessárias à mulher. Em um mundo cada vez mais competitivo e rápido, é comum que a construção de uma carreira sólida consuma o tempo e a energia da mulher por um longo tempo. O desejo de encontrar alguém e de ser mãe pode surgir quando a carreira da mulher atinge um platô de estabilidade, no meio da vida – ou quando o alarme biológico dispara e ela resolve que quer e pode abrir espaço na vida para ter um bebê.

Vantagens e desvantagens

Tendência à parte, uma mulher de mais de 40 anos pode enfrentar dificuldades um pouco maiores do que a mulher mais jovem para se reproduzir. O declínio da fertilidade feminina não é mito, mas fato. Aos 40 ou mais, a produção de óvulos não apenas será menor, como pode ter declinado a ponto de impedir a concepção. O risco de sofrer um aborto natural aumenta com a idade; as chances de gerar um bebê com malformação ou anomalia cromossômica, como a que causa a Síndrome de Down, também. Na gestação, uma mulher de mais de 40 anos tem um pouco mais de chance de desenvolver problemas como a diabetes gestacional e a hipertensão arterial, que podem ter consequências sérias.
            Em termos estritamente biológicos, pode ser que, entre uma gestante de 20 e uma de 40 anos, a segunda esteja, em princípio, em ligeira desvantagem. Por outro lado, nossa experiência tem mostrado que raramente a idade é, em si, um fator determinante para o sucesso ou insucesso de uma gravidez. O estilo de vida, por exemplo, é muito mais. Uma mulher que tenha boa alimentação, mantenha-se num bom peso, pratique exercício físico regularmente e não fume sempre estará melhor preparada para a gestação do que outra com hábitos menos saudáveis _ e isso independentemente da idade.
Além disso, uma mulher que decide ter um bebê no meio da vida certamente terá mais maturidade para enfrentar os desafios (e desfrutar dos prazeres) da maternidade do que teria aos 20. A seu favor, pesam elementos que contam, e muito, na hora de trazer uma criança ao mundo. Estes fatores incluem experiência ampliada de vida, capacidade testada de lidar com situações novas, consciência do próprio corpo e informação sobre alimentação e saúde.
Aos 40 anos, você provavelmente terá mais recursos para enfrentar crises de qualquer tipo com mais calma e eficiência. Também terá muito menos dificuldade, por exemplo, para trocar uma parte de seus compromissos sociais por noites em casa, descansando e cuidando do bebê – depois de tantas festas, terá aprendido a distinguir o que é imperdível e o que é perfeitamente dispensável. E estará em melhores condições de entender os riscos envolvidos no consumo de álcool na gravidez, no ganho excessivo de peso, no estresse.
As chances de que a mulher que resolve ter filho nessa idade goze de uma boa situação financeira – e possa, entre outras coisas, contar com ajuda nos cuidados com o bebê – também são altas. Segundo dados do IBGE, da mesma maneira que acontece nos países desenvolvidos, no Brasil as mulheres que se tornam mães pela primeira vez entre 40 e 49 anos fazem parte de um segmento populacional de alta escolaridade e alto poder aquisitivo. Além disso, 58,8% são economicamente ativas.

Sonho e realidade

Se a gravidez após os 40 não é exatamente o sonho de um obstetra, o fato é que ela tem se imposto como um fenômeno comportamental de grande força – o que é compreensível no contexto dos avanços da mulher no mercado de trabalho e das mudanças na expectativa de vida. Além disso, a evolução dos tratamentos de reprodução assistida tem permitido que muitas mulheres e casais encontrem saídas para situações de infertilidade relacionadas à idade, realizando o anseio de ser mães – ainda que nos últimos minutos do segundo tempo.
Para acompanhar esse fenômeno, o pré-natal também mudou. Hoje, quem embarca na aventura de uma gravidez tardia pode esperar um acompanhamento médico extremamente cuidadoso, com controle sistemático de peso, pressão arterial e glicose, além de um aparato de exames e testes que acompanham a evolução da gravidez e apontam eventuais problemas rapidamente.
Um diagnóstico rápido não é tudo o que a medicina pode fazer no caso de alguns dos problemas graves aos quais a mulher está mais sujeita ao engravidar tardiamente. Alguns deles podem e devem ser prevenidos. E isso não cabe só ao médico. Ao decidir por uma gravidez tardia, a mulher precisa ter consciência de que nem tudo o que fazia antes será possível nos nove longos meses que separam o teste de gravidez positivo e o parto. O excesso de trabalho, a correria, as viagens constantes, a má alimentação, a bebida – tudo isso tem um efeito amplificado na gravidez e pesa duplamente quando há um fator idade.
Fazer mudanças positivas no estilo de vida e controlar o estresse são essenciais nessa fase. Pode ser que para você isso não seja nenhum sacrifício. Mesmo que seja, quando seu precioso bebê tiver nascido, você verá que valeu a pena.


Fonte: Livro de autoria da Dra. Silvana Chedid Grieco , Gravidez aos 40.



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