quinta-feira, 29 de setembro de 2011

De que lado se deitar?


A veia cava inferior é responsável pela drenagem de boa parte do fluxo sanguíneo que vem do abdômen, das pernas e dos pés. Pelo fato de passar por trás do útero, colada à coluna vertebral, do lado direito, a veia é frequentemente pressionada pelo útero gravídico. A diminuição do volume de sangue que passa pelo vaso torna a circulação inferior mais lenta, piorando edemas nas pernas, pés e calcanhares, além de varizes e hemorróidas.
A pressão do útero sobre a veia cava é pior quando você está deitada de costas. No fim da gravidez, evite esta posição. Para aliviar o peso sobre o vaso, deite-se sobre o lado esquerdo sempre que puder.

Inchaço
Mulheres com mais de 40 anos têm tendência maior para reter líquido. A partir do quinto mês, os edemas podem piorar, sobretudo nos calcanhares, pés e mãos. Para controlar o inchaço, reduza o sal e aumente a ingestão de líquidos. Não fique em pé por muito tempo e deite-se todos os dias com as pernas erguidas. Massagem com drenagem linfática também é um ótimo recurso.

Insônia
Ansiedade e dificuldade de encontrar uma posição confortável na cama agravam a insônia no fim da gravidez. Para evitá-la, pratique exercício físico de baixo impacto com frequência e inclua na rotina atividades relaxantes, como massagens e meditação. Não tome líquidos em excesso depois das 18h. Use um travesseiro de corpo inteiro para apoiar a perna e a barriga quando você se deita de lado. Se for verão, considere comprar um climatizador ou ventilador de teto. Adquira o hábito de desligar-se dos problemas de trabalho, afastando-os quando surgirem; você pode pensar neles amanhã. Ao deitar-se, feche os olhos e dedique 15 minutos para relaxar o corpo. Escolha um grupo de músculos. Inspire e, ao expirar, solte-os. Comece pelos pés e vá subindo até a cabeça.

 Varizes
Surgem quando, por algum problema circulatório, o sangue se acumula nas veias periféricas, dilatando-as. Na gravidez, a pressão do bebê sobre a veia cava prejudica a drenagem do sangue da parte inferior do corpo. Isso pode agravar as varizes, principalmente nas pernas. Para preveni-las, estimule a circulação: ande todos os dias, mude freqüentemente de posição e evite ficar de pé por longos períodos. Meia elástica e roupas que não apertem joelhos ou virilhas também são indicadas.

Depoimento

“A tranqüilidade que tenho hoje, não teria aos 20 anos”
A empresária V.L.B. resolveu ser mãe aos 40 anos e levou quatro para engravidar. Hoje, se pergunta como pôde resistir tanto à maternidade

Sou casada há 13 anos, e o fato é que demoramos para sentir o desejo de ter filhos. Sempre priorizamos a carreira, então fomos deixando. Despertei para a maternidade quando já estava com 40 anos. Foi aí que sentimos que era a hora. É engraçado porque fui muito alertada por minha médica, a Dra. Silvana, de que precisava pensar nisso antes. Mas a ficha não caía. A gente não se dá conta de que, apesar de todas as mudanças, fomos feitas para ter filhos em outra idade. Não temos essa percepção, até porque nos sentimos jovens e plenas.
 Começamos a fazer tratamento e logo nos primeiros passos, na fase do coito programado, fiquei grávida. Até achei que a coisa fosse mais fácil do que imaginava. Mas aí perdi o bebê e começamos a enfrentar as dificuldades. Foram quase quatro anos de tentativas, primeiro por inseminação, depois por fertilização, até dar certo. Foi um período difícil, desgastante em todos os aspectos, financeiro, emocional. Quando você passa por isso, se arrepende por ter demorado tanto a decidir.
Chegou uma hora que a gente quis desistir. Não queríamos ficar numa situação em que nossa felicidade dependesse de conseguir ter um filho. Meu marido se preocupava com a minha saúde. Dizia: “Vamos ser felizes do jeito que a gente sempre foi”. Combinamos que íamos parar de tentar e paramos por quase um ano. Mas parece que, passado um tempo, você desperta de novo. Por influência de um casal de amigos que tinham enfrentado muita dificuldade para ter filho, e que encontramos nessa época, acabamos resolvendo tentar mais uma vez.
A ansiedade influencia muito o tratamento. A cabeça é fundamental. Nessa última tentativa, eu estava tranqüila; era como se estivesse me permitindo engravidar. Sentia que estava pronta para ser mãe e tinha a sensação de que, se a gravidez fosse para ser realmente uma coisa boa na minha vida, ela iria acontecer naturalmente. E aí eu acho que você acaba abrindo os canais para aquilo acontecer.
Quando aconteceu, demorei para acreditar. Até durante a gravidez, parece que não cai muito a ficha. Mas quando minha filha nasceu, eu olhava para ela no berçário e chorava. Pensava, gente, como pude resistir a isso por tanto tempo?
Minha gravidez foi extremamente tranqüila até o último mês, quando tive pressão alta. Comecei a ficar com os pés muito inchados e um dia senti muita dor de cabeça. A doutora Silvana já havia me dito que isso é comum em pacientes muito jovens ou mais velhas; ela estava atenta, porque minha pressão era de 12 por 8, o que, na gravidez, já é considerado no limite. No dia em que me senti mal, fui à farmácia e medi a pressão, que estava em 15 por 10. Parei de trabalhar e de dirigir e fiquei quatro semanas em casa. O parto já estava marcado quando minha pressão subiu para 18 por 11. A cesárea foi antecipada e ela nasceu bem.
Mas até esse episódio, foi tudo maravilhoso, sem absolutamente nenhum problema. No começo fiquei muito enjoada, mas, passado esse período, me sentia super bem, fiz um controle de alimentação para não engordar muito, com uma nutricionista que eu já consultava antes. Seguia um programa alimentar, mas não me sentia de regime. Pelo contrário. Ela queria que eu comesse as coisas certas, para ter cálcio, fibras. Meu intestino funcionava perfeitamente e eu me sentia cheia de energia. Até viajei para os Estados Unidos com oito meses de gravidez!
Acho que existe muito preconceito. As pessoas me assustavam, falavam que é difícil ficar grávida nessa idade, que a gente não tem mais pique. Teve até um colega que me falou: “Você já pensou que, quando ela tiver cinco anos, você vai ter 50?” Respondi que eu seria uma cinqüentona em forma, com uma filha de cinco, que ia me dar mais energia para continuar!
É fato: você realmente padece mais para engravidar nessa idade. Mas acho que a tranqüilidade que tenho hoje eu não teria com 20 e poucos anos, que é a idade ideal para se engravidar. Tudo tem seus prós e seus contras. Hoje sou mais madura, tenho uma vida muito mais tranqüila, já me realizei profissionalmente, então tenho mais disponibilidade para me dedicar a ela. Não estou falando de tempo, mas de disponibilidade emocional. Sei que dou conta do recado. Aos 20 anos, me assustaria. Ter um filho hoje não é um problema, muito pelo contrário. É a razão da nossa existência.
Eu agradeço todos os dias a Deus, porque acho que tive muita sorte de ter conseguido. Na minha idade, e pelo processo todo, acho que realmente foi Deus que mandou, e na hora que tinha que mandar.” 

Fonte: Livro de autoria da Dra. Silvana Chedid Grieco , Gravidez aos 40.





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