quinta-feira, 12 de abril de 2012

Pesquisa cultiva células-tronco sem destruir embrião



Cientistas americanos dizem ter desenvolvido uma maneira de cultivar células-tronco embrionárias sem destruir o embrião do qual elas são coletadas.
Em uma pesquisa publicada nesta segunda-feira pela revista Nature, cientistas da empresa Advanced Cell Technology, de Massachusetts, conseguiram remover com sucesso células-tronco de embriões de camundongos sem provocar danos aparentes.
Os cientistas acreditam que isso pode contornar algumas das objeções éticas para pesquisas sobre células-tronco em humanos.
As células-tronco são células em estágio inicial de desenvolvimento que mantêm o potencial de se desenvolver para se transformar em qualquer tipo de célula quando adultas.
As células-tronco podem dar origem a qualquer tipo de tecido, como ossos, músculos ou cartilagem.

Potencial de desenvolvimento

Apesar de ser possível coletar células-tronco de tecidos de adultos, elas não têm todo o potencial de desenvolvimento das células retiradas de embriões.
Segundo o pesquisador-chefe da Advanced Cell Technology, Robert Lanza, disse que a nova técnica poderia permitir que os cientistas criem um banco de células pessoais para crianças antes do nascimento para tratar possíveis doenças durante a vida.
Além disso, ele disse que elas poderiam ser um meio de eliminar as discussões éticas sobre as pesquisas com células-tronco.
"A objeção mais básica às pesquisas com céuluas-tronco embrionárias é o fato de que os embriões são privados de qualquer potencial de desenvolvimento em um ser humano", disse.
"Nós mostramos em um modelo de camundongo que é possível gerar céuluas-tronco embrionárias usando um método que não interfere com o potencial de desenvolvimento do embrião."
No estudo, os pesquisadores removeram as células-tronco de embriões de camundongos e as colocaram em uma cultura na qual elas se desenvolveram em novas colônias de tecido básico.
Quase 47% dos embriões se desenvolveram em filhotes saudáveis – praticamente a mesma proporção que o grupo de controle.
O estudo deve ser debatido nesta segunda-feira na conferência da Sociedade Americana para Medicina Reprodutiva, em Montreal.

DNA modificado                                                                                                           

Um outro estudo separado publicado na Nature, de uma equipe do Whitehead Institute for Biomedical Research, dos EUA, também está sendo considerada uma maneira de contornar as objeções éticas.
Por meio de uma modificação no DNA, os pesquisadores conseguiram criar um embrião de camundongo que nunca se desenvolveria no útero, mas ainda assim poderia continuar sendo usado como fonte de células-tronco.
Os cientistas disseram que o embrião não poderia ser considerado uma vida em potencial.
Porém Josephine Quintavalle, da organização não governamental CORE, que discute as questões éticas relacionadas à tecnologia aplicada à reprodução, diz que nenhuma das duas pesquisas responde às suas objeções.
"Na primeira, não há evidências ainda de que a retirada das células-tronco não vai causar problemas no futuro", diz. "E ambas ainda interferem com o processo natural, e você precisa perguntar por que alguém desejaria essas células-tronco."
"Acho que os cientistas fariam muito melhor em se concentrar em outras áreas de pesquisas sobre células-tronco como as retiradas do líquido amniótico ou de células adultas, que parecem muito mais promissoras", diz.

Fonte: BBC

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