Para a pesquisa, a equipe foi capaz de sequenciar o material genética transcrito, ou mRNA, dos óvulos em estruturas menores comprimidas chamadas "corpos polares". Ao comparar as sequências de expressão gênica em corpos polares e óvulos do hospedeiro, eles foram capazes de determinar que os corpos polares oferecem um reflexo fiel da atividade genética dos ovos.
Segundo os cientistas, eles agora, podem considerar o corpo polar uma biópsia natural citoplasmática.
Corpos polares são onde óvulos dispensam a segunda cópia dos cromossomos que, diferente das células sexuais, eles não precisam. Mas os corpos polares também capturam um microcosmo do mRNA do ovo, o material genético produzido quando os genes foram transcritos e uma célula é definida para produzir proteínas com base nessas instruções genéticas.
Pares de genes
No ano passado, a equipe se tornou a primeira a encontrar mRNA em corpos polares humanos. Agora eles transcreveram 22 pares de óvulos humanos e seus corpos polares, e confirmaram que o que está no corpo polar é uma boa prova do que está nos ovos.
A equipe analisou as amostras em dois grupos de 10 células cada um, por exemplo, comparando o mRNA em 10 ovos com o mRNA em 10 corpos polares ligados. Mas para surpresa eles também foram capazes de sequenciar dois ovos individuais e seus corpos polares diretamente.
O que eles descobriram é que mais de 14 mil genes podem ser expressos nos ovos. Destes, mais de 90% dos genes detectados nos corpos polares também foram detectados nos ovos e dos 700 genes mais abundantes encontradas no corpo polar, 460 também estavam entre os mais abundantes nos ovos.
Aplicações clínicas
Os pesquisadores relatam que o corpo polar é capaz de refletir o que está acontecendo no ovo. "Como o óvulo é o principal motor dos três primeiros dias de desenvolvimento embrionário humano, o que encontramos no corpo polar pode nos dar uma pista sobre o que está acontecendo durante esse tempo", explica a coautora Sandra Carson.
Mas os pesquisadores reconhecem que mais pesquisas serão necessárias para criar uma ferramenta clinicamente útil.
Encontrar genes que afetam a viabilidade do embrião é o próximo grande passo. Com os novos conhecimentos e técnicas desenvolvidas no estudo, os cientistas podem analisar o mRNA de corpos polares de ovos que são fertilizados e acompanhar o andamento dos embriões resultantes. Uma vez que os principais genes são conhecidos, eles poderiam criar testes rápidos para procurar os genes em corpos polares, para que médicos e pacientes possam escolher os melhores ovos.
Uma tecnologia suficientemente desenvolvida pode também ser usada para escolher quais ovos devem ser poupados para uso posterior.
Fonte: isaude.net
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