Um estudo realizado recentemente pelo Instituto Valenciano de Infertilidade concluiu que a eficácia dos óvulos congelados através do processo de vitrificação é exatamente a mesma das células regulares, ou seja, quando não ocorre nenhum processo facilitador para a gestação.
De acordo com a pesquisa, cujos resultados foram publicados em matéria doportal R7, as chances da fertilização in vitro realizada através do processo citado levarem à fecundação do óvulo são muito boas. A descoberta pode ajudar muitas pacientes que precisam passar por procedimentos que podem levar à infertilidade, como terapias agressivas relativas ao tratamento do câncer, mas que podem preservar seus óvulos para uma futura gravidez.
Óvulos congelados dão as mesmas chances de engravidar que as células "frescas"
Estudo analisou procedimento em que óvulos são "vitrificados"
Mulheres que se submetem a métodos de fertilização in vitro com o uso de óvulos congelados têm as mesmas chances de engravidar do que aquelas que usam essas células "frescas", de acordo com um estudo divulgado durante encontro da Sociedade Europeia de Reprodução e Embriologia Humana, que acontece em Roma, na Itália.
A pesquisa, realizada pelo Instituto Valenciano de Infertilidade, ligado à Universidade de Valência, na Espanha, analisou dados de óvulos congelados por um método relativamente recente chamado vitrificação, em que essas células são congeladas rapidamente, para evitar a formação de gelo dentro do óvulo, que pode destruí-lo. As informações foram comparadas com óvulos que não passaram por congelamento e foram usados na fertilização pouco tempo após a coleta.
Entre os 600 óvulos analisados, o índice de gestações bem-sucedidas foi de 43,7% para os vitrificados e 41,7% para os frescos. Ana Cobo, pesquisadora responsável pelo estudo, diz que os resultados podem ajudar em casos como o de mulheres que precisam passar por tratamento contra o câncer, que pode causar infertilidade, e precisam preservar seus óvulos para uma futura gravidez.
– Apesar de já haver várias evidências de que esse método da vitrificação produz resultados tão bons quanto o uso de óvulos não congelados, até essa pesquisa havia falta de grandes estudos aleatórios sobre o assunto.
Antes da fertilização in vitro, que é a transferência de embriões fertilizados em laboratório para o útero, a mulher passa por um processo de estimulação dos ovários, para produzir um bom número de óvulos, que são guardados. Essas células, então, precisam ser fertilizados com o esperma de um doador e os melhores embriões produzidos são colocados no útero da futura mãe.
Quando se usa óvulos não congelados, é fundamental haver um sincronismo nesses procedimentos, o que nem sempre é possível. Com o congelamento, é possível minimizar isso, já que os óvulos são preservados durante um certo tempo.
Agora, os médicos vão analisar o desenvolvimento dos bebês nascidos após gestações provocadas por esse tipo de técnica, com o objetivo de garantir que não haja efeitos colaterais para essas crianças.
Fonte: R7.com
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